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sábado, 4 de abril de 2009
O bêbado, o equilibrista e o porta-malas
Cena no mínimo curiosa: A PM em seu patrulhamento preventivo descobre uma pessoa presa no porta-malas de seu carro, parado com a lanterna acesa na Rua Euclides dos Santos em Araraquara (SP).Cena mais curiosa ainda: o motorista libertado pelos policiais afirma que foi sequestrado (sem trema, hein?).Cena prá lá de curiosa: visivelmente alcoolizado, apresenta a primeira versão (ouvi as duas!), dizendo que estava em um bar próximo a sua residência no Jardim Imperador e ao se aproximar do carro, foi rendido, agredido e jogado no porta-malas por dois homens que rodaram meia hora pelas ruas da cidade.
A segunda versão, ainda com a voz embaralhada e pastosa, falava em quatro assaltantes (!) perto de um bar no Santa Angelina (local do encontro do veículo estacionado com a lanterna acesa), um deles em uma moto, que fizeram a mesma coisa: renderam, bateram e o colocaram no compartimento das malas (algumas falam!). Nos dois momentos narrados pela vítima, um funcionário público federal, fez questão de dizer que levaram sua carteira com a identidade funcional de onde trabalha e as chaves do carro.
A PM encontrou a chave da residência no interior do veículo e, preocupada que a história pudesse ser verdadeira, resolveu checar a casa da famíia, afinal outros reféns poderiam estar em poder dos sequestradores, claro…
Os familiares estavam bem (quem estava ruim era ele) e nem faziam ideia do enrosco em que o motorista havia se metido. Como explicar? Ele não apresentava sinais visíveis de agressão (só a do álcool em excesso).
Um morador das redondezas, perguntado sobre a presença do carro parado naquele local, disse que estava parado desde às 21h da quinta-feira (26/3), sendo localizado às 4h30 da sexta.
O fato de estar visivelmente preocupado com sua identidade funcional, sua carteira e de dizer que não poderia reconhecer os autores do ’sequestro’, faz levantar a hipótese de algumas pessoas (amigos ou não) no bar não permitirem que fosse embora para casa naquele estado lastimável e, a fim de evitar um mal maior (como gostam de dizer alguns), pregassem uma peça no pudim de pinga.
Que atrativo possuem as drogas (i)lícitas para que um ser humano se preste para esse serviço ridículo?
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Acesse pelo nome Alvaro Taniguti.
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