quarta-feira, 31 de março de 2010

Agrado

Fiz essa imagem na avenida Barroso, entre as ruas 6 e 7.
Quando se quer agradar alguém, presenteia-se [perto da Páscoa, nem é preciso imaginar o que presentear].
Quando se quer elogiar alguém, envia-se flores.
Mas, na hora de declarar um sentimento, o cidadão se dá o trabalho de ir à loja de tintas, comprar uma lata de tinta spray, esperar anoitecer para fazer isso?

terça-feira, 30 de março de 2010

300 reais

Chego a Araraquara na sexta-feira (26/03) e  tomo conhecimento de mais um assalto à mão armada na cidade.
Desta vez os malditos craqueiros invadiram a farmácia Bandeirantes [a uma quadra de casa] e, armados com um revólver, renderam o farmacêutico e o obrigaram a abrir o caixa, donde subtraíram cerca de 300 reais.
Felizmente ninguém saiu ferido.
Mas e o trauma de passar pelo estresse de ter uma arma apontada para si, sob ameaça de morte?
Infelizmente, nenhum bandido foi preso ou morreu em confronto com a polícia.
Volto a defender com veemência a pena de morte.
Gosto sempre de lembrar de Paul Kersey.
Não. Não é nenhum pesquisador americano que possui uma teoria sobre a violência, além das tantas milhares que esses cientistas sociais adoram vomitar para Folha de SPaulo e Vejas da vida.
Para quem não conhece, Paul Kersey é um personagem vivido pelo ator Charles Bronson [1921-2003] no filme Desejo de Matar (Death Wish, 1974).
Com cinco filmes no total, o personagem é um arquiteto que vê sua família destroçada pela ação de assaltantes e estupradores no centro de Nova Iorque.
Cansado da impunidade recorrente ao tipo de crime (que também assola o Brasil), foi à forra munido de uma arma de fogo em rondas noturnas, eliminando bandidos que o ameaçavam. Uma limpeza, sem dúvida.
'Vigilante' foi o apelido dado pela população que aplaudia as ações de Kersey e ganhou espaço na mídia.
Talvez seja a hora mais que tardia disso acontecer no Brasil.
A população não pode contar com leis firmes, tampouco polícias bem equipadas e pagas.
Além disso é obrigada a engolir esses estudiosos da violência das universidades e ongs de direitos 'dos manos'.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre os cinco filmes Desejo de Matar, pode acessar http://www.youtube.com/watch?v=00_BHzNYxeM


Lixo humano
Semana passada assaltantes atacaram vários motéis em Ribeirão Preto (SP).
Em um dos crimes, a PM foi recebida a tiros. Dois ladrões  foram presos e um terceiro morreu no confronto.
Poderia ter sido os três lixos em uma só tacada.
Mas a sociedade agradece pelo menos um que já estava sendo aguardado há tempos no quinto.
Bandido bom é bandido morto.

Anistia Internacional e Nações Unidas
714 pessoas foram executadas em 2009 em 18 países que adotam a pena de morte.
Os números são da Anistia Internacional.
Anistia Internacional, Nações Unidas: bibelôs caríssimos do planeta, cabides gigantes.
Manda esse povo engravatado cortar cana.
No Brasil o direito à vida é considerada cláusula pétrea (irrevogável).
Convoca-se uma nova Assembléia Constituinte, anula-se o direito dos 'manos' encherem nossa paciência e abre-se a arena com leões famintos e os presos no meio.
Nós, cidadãos de bem, queremos viver em paz, mas os noias acham que não. Pena de morte, Paul Kersey neles!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Consulta e perícia

Terça-feira (23/03) retornei ao dr Carlos.
Comparou as imagens dos exames e manifestou dúvida sobre o crescimento da amina denominada colina.
Recebi informações prévias de uma leitora do blog (estudante de jornalismo) e fiz também algumas buscas no santo Google.
Minhas aulas de química e biologia dos tempos de colegial em nada contribuíram para tentar relembrar do que se tratava.
Biológicas e exatas sempre corri como o diabo faz da cruz.

Colina
No site http://neuromed88.blogspot.com/2008/09/colina-uma-amina-que-foi-sintetizada.html a colina é denominada uma amina, que foi sintetizada pela primeira vez em 1866.
Vai um pouco além: este composto orgânico é um precursor do neurotransmissor acetilcolina.
Bem, o que importa é que está na minha cachola e no laudo da ressonância há indicação de seu crescimento na região da cirurgia.
Em dúvida, o melhor a fazer -de acordo com o oncologista-, é realizar uma nova ressonância magnética com espectro e perfusão em abril para comparação com as imagens do início de março.
Poderia simplesmente dar ponto final no tratamento sem ter a certeza do amanhã. Igualzinho à piada do português, que decide cruzar o Atlântico a nado: nada, nada, nada e a cinco metros da praia em Rio Grande do Norte sente-se cansado e decide voltar.

De olho
Comprovada a normalidade do crescimento de colina e extinção do GBM IV, realiza-se exames de imagem a cada dois meses no primeiro ano. A recidiva do GBM IV é traiçoeira e devemos fica de olho o tempo inteiro.
Terminei os sete ciclos de Temodal e fiz a última aplicação de Avastin  (14 de 15 programadas). Ainda estou sob efeito dos quimioterápicos e em descanso das doses até novo exame de imagem.
Isso se refletiu no entendimento do perito do INSS ontem (quarta).

Perícia no INSS
Após quase dois meses marcada, fui preparado para ficar longas horas esperando até ser chamado na agência Santa Cruz, Vila Mariana.
No agendamento pelo 135 (em 1o. de fevereiro!) pedem chegada com 15 minutos de antecedência.

Primeira vez
Da primeira perícia, na Várzea do Glicério, solicitaram que chegasse uma hora antes. Mesmo assim, fui atendido quase uma hora e meia depois do [horário] agendado.
Com esse histórico e outras duas demoradas esperas para procedimentos simples como cadastramento de senha e requerimentos na mesma agência preidenciária, calculava sair do consultório por volta das 16,17 horas.
Minha mãe levou revista e água.
Chegamos às 12h27, marcado na senha de triagem.
Atendimento inicial para confirmação de dados pessoais e espera. 
Meu agendamento estava previsto para 13h20.
Minha senha bipou na tela às 13h10!
Nossa! O que houve?
Desta vez o perito [polido, muito educado] fez muito mais perguntas que no primeiro afastamento: histórico de evolução de astrocitoma anaplásico III para glioblastoma multiforme IV, procedimentos adotados (radiocirurgia e quimio), medicamentos etc.
Tive que demonstrar também como iniciavam as convulsões parciais da minha mão esquerda (Jorge x Miguel).
Ao analisar o laudo da ressonância, parou no trecho do aumento de colina e passou a ler, concomitantemente, o relatório médico elaborado pelo dr Carlos.
Levantou os olhos dos dois papéis à sua frente, digitou por alguns segundos e afirmou que manteria meu afastamento até final de maio, para que o oncologista tivesse tempo para comparar os exames próximos com os realizados e decidir pela alta médica ou prosseguimento da quimioterapia.

2002
Lembro-me que ao terminar a radioterapia da primeira cirurgia em 2002, passei por um médico perito do INSS em seu consultório no centro de Araraquara (SP).
Algumas coisas parecem ter mudado na concessão destes benefícios, pois precisei levar os exames para perícia após a conclusão do tratamento para obter alta médica.
Acho que era isso.

Homem?
Mas o que me deixou indignado foi a maneira como esse médico (falecido em 2009) tratou-me e pode ter feito com os mais humildes que entraram antes de mim.
Em meu caso, esse 'cavalo' [seu nome era de um humano, mas dava pinote tal qual um burro] pegava as chapas de ressonância, olhava com desdém, perguntava grosseiramente, olhava o laudo e depois jogava em cima de sua mesa, de qualquer forma, me obrigando a juntar tudo aquilo apressadamente, de qualquer jeito.
Além de 'cavalo', foi político na cidade por longos anos. Que o quinto o tenha em um bom foguinho depois de desfazer dos outros como também fez comigo.

Torcida
Tenho que aguardar, mesmo com a vontade maluca de retornar ao jornal, acordar de madrugada, fazer meu 'tour' pelas delegacias, batalhões policiais e estar com tudo em cima para entrar no ar às 7 horas.
Quanto ao GBM IV, 'cozinho' algumas propostas.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Rápidas & Ácidas

Não sou PT, PSDB, PMDB, DEM, PSOL ou qualquer coisa que o valha, se bem que a maioria dos políticos não justifiquem suas existências; sem generalizar, fique claro aqui.
Há várias eleições minha justifico o voto.
Mantenho meu título eleitoral domiciliado aqui em São Paulo.
Ingenuamente, ao confeccionar meu título em 89 [não existia o voto facultativo ao menor e ficava pronto em 45 dias], declarei 'estudante' minha profissão.
Pronto. Fui convocado a trabalhar em minha seção de votação no dois turnos daquele pleito na condição de suplente.
Em 1990, já em Bauru e com eleições para governador marcadas, fui novamente 'agraciado' com o chamado.
Peguei uma declaração da Unesp e apresentei para pular fora dessa escravidão a que somos submetidos.
Nunca mais fui convocado. Ufa!
Assumo que votei e arrependi por diversas vezes. Amadurecemos e aprendemos com os erros: justifico e ponto.
Por isso sinto-me à vontade para disparar minha visão crítica a quem quer que seja, político A,B,C; partido X,Y,Z.
Assim explico em parte a cobrança recebida de um leitor há algumas semanas.
Ao mesmo tempo fui 'emparedado' [paredão, reflexo desses realities shows nojentos] sob o questionamento de ser tão incisivo quanto ao governador paulista, José Serra (PSDB).
Explico: resido neste estado, nasci em sua capital e sinto-me na obrigação, no papel de jornalista diplomado [existem os que são 'dipromados' por liminar], em discordar de várias estripulias políticas a que os paulistas são submetidos desde 1994, sob a batuta do finado Mário Covas e assim até hoje.
São Paulo apequenou-se diante das hesitações politicas tucanas.
O exemplos mais recentes fiz questão de pinçá-los para ilustrar minha posição crítica -mas não ofensiva-, de se governar a 'locomotiva' do país. Se bobear a máquina terá que pagar pedágio para andar 'na linha'.
Pobres de nós, paulistas...
Vejamos:

20/05/200912/12/09

Compra de livro com palavrão vai ser punida, afirma Serra
Alguém soube da punição?
E as cartilhas com os 'Paraguais'?


27/10/2009
Livros escolares são achados no lixo em Ribeirão Preto (SP)
Como ficou?

12/12/2009
Governo de São Paulo não usa 45% de verba antienchente
Contingencia-se o dinheiro para obras, mas torra-se milhões em comerciais televisivos de dois minutos em horário nobre para o blá-blá-blá do 'cada vez melhor'.
Este comercial, postado no Youtube, dá dimensão o quanto é verdade o ditado: "Quem não conhece, compra."
Assista em
http://www.youtube.com/watch?v=RRXT8Xu25WQ


09/02/2010
Irritado com pergunta, Serra acusa TV de parcialidade
Assim é fácil, como fez o então governador Geraldo Alckmin (2001-2006), que deu as costas à imprensa em evento na Embraer em Gavião Peixoto (SP), recusando-se responder sobre a superlotação da cadeia masculina em Araraquara(SP). Parece cartilha.

11/02/2010
Serra abandona a privatização da Cesp
Dez longos anos para abandonar o que o PSDB mais gosta  de fazer: privatizar. Sempre o fator indecisão.


10/02/2010
Serra libera preço de curso para renovar CNH
Em um dia, uma decisão...

11/02/2010
Serra diz que voltará a limitar preço de CNH
No seguinte, o recuo: novamente o carimbo da hesitação.

18/03/2010
Nova rodovia no litoral norte de SP terá 8 túneis e 33 viadutos
Resta saber: quantos pedágios?
 
18/03/2010
Internos fazem três reféns em rebelião na Fundação Casa, em Campinas
Que poético! Era Febem; agora é Casa. Casa, da 'nona' Joana?
 
18/03/2010
Serra diz que texto da Câmara é "inaceitável"
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), chamou de "inaceitável" a divisão dos royalties aprovada na Câmara, embora não tenha criticado a distribuição por todos os Estados. Foi a primeira vez que ele se posicionou sobre o modelo de partilha da riqueza do pré-sal.
A primeira vez que se pronunciou. O assunto está em discussão há meses. Sua candidatura à presidência perdeu o timing há tempos; seu partido grita para acordar; Aécio se desinteressou e o eleitor notou isso desde que Dilma, Marina e Ciro saíram pelos quatro cantos do país em campanha (quase) aberta.
ÚItima pesquisa Ibope mostra que Serra despencou na intenção do eleitorado. É tarde.


09/02/2010
Irritação de Kassab com sujeira em piscinão disfarça má gestão, dizem especialistas
Kassab, irritado? E nós, paulistanos?
Flash back: Em 2005, Serra elegeu-se prefeito da capital com Kassab (DEM, do panetone Arruda), vice. Serra jurou que cumpriria seu mandato antes de pensar alçar voos mais altos.
Foi eleito governador em 2006, deixou Kassab no lugar, eleito prefeito em 2008.

18/03/2010
Serra é hostilizado por manifestantes em inauguração de escola
O governador José Serra (PSDB) foi hostilizado ontem por manifestantes durante a inauguração de uma escola em Francisco Morato, na Grande SP. Na saída, o grupo lançou um ovo contra o carro de Serra.
Amanhã à tarde, a Apeoesp realiza assembleia na av. Paulista para decidir se os professores continuarão ou não a greve. O principal pedido dos grevistas é um reajuste salarial de 34,3%.

O governo de São Paulo diz que o movimento é político -em razão da provável candidatura de Serra-, e que apenas 1% dos professores aderiram à greve.
Todas paralisações são políticas, na visão dele.

Como disse hoje Macaco Simão, na Folha: "E tão dizendo que o Serra é um serráqueo. Terráqueo é que ele não é. Rarará!"

quarta-feira, 17 de março de 2010

GardenÁlvaro

Hoje acordei desorientado após ingerir o primeiro comprimido de Gardenal 100 mg na última noite.
Tomei café, li jornal e o sono apertou de uma tal forma que não tive outra escolha senão dormir.
Despertei perto das 11h30, lento. Melhorei e sintonizei a quarta-feira após almoçar.
Mas se tudo dá 100% certo, algo está errado. E descobri  tarde.
Fui à consulta e aplicação de Avastin, munido da ressonância realizada terça da semana passada.
Porém descobri que havia deixado algo para trás: os exames anteriores (jan e nov)  para comparação das imagens e decisão sobre meu futuro.
Culpa do remedinho, brincou dr Carlos.
Ficou para terça da próxima semana, pois existem dúvidas sobre alguns pontos das imagens.
Ô cabecinha!
Já estou ficando sonolento (20h12) e nem assistirei o jgo da seleção corintiana contra um tal de Cerro, deve ser isso.
Até amanhã!

Epílogo? Fim?

Passei hoje por consulta com o neurocirurgião, dr Shibata.
Aproveitei e levei a ressonância magnética solicitada pelo oncologista, dr Carlos.
Na visão de Shibata as imagens estão boas com necrose da quimio e radiocirurgia.

Jorge versus Miguel
Quanto a Jorge e Miguel, minhas mãos que 'brigam' quando a esquerda convulsiona, ele achou altíssima a concentração da amostra de sangue coletada em jejum quarta-feira (10/3).
O nível da fenitonína (Hidantal) estava em 28,3 [a referência terapêutica oscila entre 10 e 20]. Acima disso é considerado nível de toxicidade.
O corpo não responde mais ao Hidantal, na opinião de Shibata. Acostumou-se.
Decidiu pela combinação de um dos quatro comprimidos diários de Hidantal por um de fenobarbitol, conhecido por Gardenal 100 mg [dããã...].
Este medicamento sempre foi estigmatizado por ser indicado para quem 'surta', mas é apenas um anticonvulsivante (ou anticonvulsionante) na mesma linha de Tegretol e o próprio Hidantal. A única diferença, segundo o neurocirurgião que me operou em 2002 e ano passado, é que Gardenal causa mais sono.
Nesta quarta tenho consulta e aplicação de Avastin.
Sairá também o veredicto sobre o prosseguimento da minha quimioterapia ou se o oncologista decreta 'férias' do tratamento até o resultado dos próximos exames. Em outras palavras, o fim.
Algo semelhante a Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso, Itália, 1988), em que Salvatore -ainda jovem-, parte para a cidade grande, deixando para trás o vilarejo onde morava.
Comparo a cena da partida do trem como a de alguém que foi amparado na estação enquanto necessário.
Em seu devido momento, deverá levar adiante sua vida, recordando as pessoas que -no passado-, acenaram o adeus.
Em minha memória ficarão todos os membros do Centro Paulista de Oncologia (CPO), da recepção-passando pela enfermagem-, até os médicos Carlos Alexandre e Silvana, que cuidaram de meu caso com interesse, conhecimentos atualizados e atendimento humanitário num momento tão delicado para o paciente da oncologia.
O aceno do adeus balança qualquer um.
Independente do que ocorra nesta quarta, sigo mais confiante e animado.

segunda-feira, 15 de março de 2010

GBM IV, persona non grata

Minha mãe acaba de sair para buscar os resultados da ressonância magnética com espectroscopia e perfusão, um exame detalhado, com uma espécie de lupa, para verificar como a região tumoral ficou após as sessões de quimioterapia.
Confesso que estou ansioso.
Ontem à noite ingeri o que espero ter sido os últimos comprimidos de Temodal, em seu sétimo e último ciclo.
Coceira pelo corpo deu. E mais intensa. Saí desse ciclo com uma convulsão parcial da mão esquerda na terça-feira. Acordei mais letárgico ainda.
Fora isso, hoje pela manhã, comparei o tumor maligno glioblastoma multiforme IV da minha biópsia em julho com um convidado inesperado que chega bêbado em uma cerimônia de casamento, é posto para fora da igreja, mas ressurge na festa, mais biritado, enchendo a paciência de todos, até se escorraçado de uma vez pela segurança.
É o que espero.
Em 2002, apareceu o astrocitoma anaplásico III. Demos uma radioterapia nele, mas a persona non grata apareceu de roupa trocada, no meio da festa, e foi jogado para fora em definitivo.
É o que mais anseio nesta alegoria. Ter dado um ippon nele.
Encontrei algumas imagens desse chato [GBM IV] no Google, mas é feio demais para postar aqui.
Amanhã (16/03), consulta com o neurocirurgião;
Quarta (17/03), consulta e aplicação de Avastin.

Em tempo
O que ainda enjoa é ter que esperar quase dois meses (!) por uma perícia médica no INSS.
Depois, não entendem esses servidores por que isso acontece com eles em http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1527606-5598,00-POLICIA+INVESTIGA+AMEACAS+A+PERITOS+DO+INSS+NO+PARANA.html

sábado, 13 de março de 2010

Rápidas & Ácidas

Do jornal Folha de SPaulo, hoje (13/03), de Renata Lo Prete, na coluna Painel:

Simples assim. O bom humor de José Serra numa inauguração em Piracicaba causou tanta espécie que o tucano achou por bem se explicar: "De fato não sou sisudo", disse aos repórteres. "Há algumas coisas que me irritam e outras que me deixam feliz".

Réplica ao inquilino do palácio dos Bandeirantes: "Há muito mais coisas que me irritam e quase nenhuma que me deixa feliz".
Basta focar a atual greve do professorado, a segurança pública tratada como lixo, a educação que distribui cartilhas com dois 'Paraguais', o metrô que desmorona, as vigas do Rodoanel que caem e a plantação de pedágios, com mais de 160 pontos de cobrança espalhados em todo o estado.

 
Sob qual pedra se escondeu Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, esse lixo humano que assassinou o cartunista Glauco e seu filho Raoni?
Embaixo de uma pedra de crack?
Ao invés de sentar o dedo no gatilho contra os dois, por que não resolveu -antes de premeditar essa insanidade-, disparar contra a própria moringa quando conseguiu a arma de fogo?
Abreviaria a ida ao inferno, noia maldito!
Dizia ser Jesus Cristo. Não trabalhava, tampouco estudava. Parasitava, se preferirem.
Se todos noias se autopunissem... o mundo estaria mais leve.
Enlutou uma família, admiradores e agora dá trabalho dobrado para a polícia prendê-lo.
Capota fraca.

Cartaz no Compre Bem

Nunca fui sumidade em língua portuguesa.
Cometo e assumo erros ao escrever ou falar errado.
Aceito esses apontamentos, desde que fundamentados.
Não foi o caso que postei aqui recentemente, onde uma amiga de MSN me corrigiu ao dizer que corintiano é com 'h', lembram?
Hoje pela manhã (13/03) ao avistar este cartaz no supermercado Compre Bem (grupo Pão de Açúcar) da Conselheiro Furtado, fiz a foto e posto aqui, para reflexão ou correção.
Pressupõe-se gôndolas, prateleiras abastecidas? Estas, por sua vez, valem por três dias?
Ou os pães diversos, mais claramente, vencem neste prazo?
Existe, então, uma forma truncada de comunicação do cartazista que elaborou o aviso ao consumidor?
Qual a melhor forma de escrever a mensagem?
Nestas buscas sobre cartazes de supermercado encontrei a profissão e videos sobre kits de cartazista e afins (santo Google!).
Também tropecei em um blog interessante com um post sobre o tema em http://minhassardinhas.blogspot.com/2008/06/letra-de-pessoas-que-escrevem-cartazes.html

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sonho da tarde

Calor, quimioterapia, fadiga e sonolência se cruzam trazendo sonhos intensos. Ao menos para mim.
O que não consigo estabelecer é o nexo da química cerebral que desencadeia essas experiências no inconsciente.
Acordei há dez minutos de um cochilo de pouco mais de uma hora, com um leve despertar às 16h05, para marcar na memória o horário que sucedeu minha fantasia.
Faz muito calor em São Paulo esta semana. O termômetro na tela do meu computador marca agora 30oC (às 18h em ponto).
Do quinto ciclo de Temodal comprimidos sinto-me cada vez mais 'aéreo', muito distraído mesmo.
Além da convulsão da minha mão esquerda às 22h da terça (09/03), o clássico 'Jorge versus Miguel' [os gêmeos da novela Viver a Vida sempre em pé de guerra], o conteúdo dos meus sonhos se fortalecem no período da quimioterapia.
Hoje à tarde sonhei que estava em Brasília (DF), no apartamento onde moraram meus tios, Mário e Helena, em férias.
Da última vez a paisagem da janela da sala era a outra quadra [Brasília tem isso, quadras, superquadras, residenciais e comerciais] com prédios comerciais em construção.
No sonho tudo estava erguido, mas o que chamou minha atenção foi uma igreja de médio porte pintada em azul e branco. Não sei se era católica ou protestante, mas era muito atraente.
Ao olhar para baixo, contemplando o lugar (estive lá por duas vezes na vida real), percebi o zelador caminhando sobre o gramado do bloco de apartamentos.
Ele transportava um saco plástico preto (desses de 100 litros) com folhas secas de árvores.
Fixei-me no seu rosto e assustei: era o 'Joãozinho da pedra', um porteiro que trabalhou na emissora e fugiu com toda a família depois de assassinar uma mulher a pedradas às margens da SP 255 (rodovia Antônio Machado Santana, entre Araraquara e Ribeirão Preto) em 1993.
Lembro que o corpo da vítima estava no canteiro de obras da duplicação do trecho conhecido por reta dos motéis. À época eu era comunicador de FM.
Era o 'Joãozinho' lá embaixo, pensei. Como veio se esconder em Brasília?
Do elevador desci até o vão dos prédios para ter certeza daquilo.
Mas, ao aproximar, percebi que não era Joãozinho. Assemelhado no rosto, mas não era.
Mergulhado no sonho, retornei ao terceiro andar e reencontrei meus primos, minha mãe, minha tia e meu irmão.
Algumas coisas estavam diferentes na sala, no banheiro e nos quartos e cozinha, mas era o lugar.
Perguntei à minha mãe como viajamos até Brasília se não lembrava de ter dirigido ou embarcado em um ônibus.
"De avião", respondeu. "Aproveitamos a milhagem acumulada da sua avó e viemos", completou.
Acordei novamente. 17h20. Um calor insuportável aqui em Sampa.
Narrei à minha mãe, com todos os detalhes, o que havia sonhado. Ela fica intrigada com minha capacidade de lembrar detalhes do que sonho: conversas, cores e lugares.
Muito antes das duas cirurgias ou tratamentos, consegui -na maioria dos sonhos mais fortes-, recordar tudo, passo a passo.
O pormenor é que meu tio Mário faleceu em 1994 e meu pai, 2006. Ambos não apareciam neste sonho.
Se possui algum significado, não nos é permitido alcançar.

Fechando
22h45: O termômetro marca 26oC na tela do computador.
Será difícil dormir novamente. Ingeri os 280 mg de Temodal às 21h20 e sinto uma coceira pelo corpo, semelhante a alergia. Ficou mais forte desde o quarto ciclo.
Minhas narinas ardem como se tivesse instilado gotas de soro.
Preciso de uma ducha para refrescar e aliviar a coceira.

Glauco assassinado

O cartunista Glauco, da Folha de SPaulo, era um dos melhores que havia no jornal.
Escrevi 'era', pois nesta madrugada (sexta, 12/03) ele foi assassinado junto com seu filho de 25 anos em Osasco.

Cartunista Glauco e seu filho são mortos a tiros em Osasco (SP)
O cartunista Glauco Villas Boas, 53, foi morto a tiros na madrugada desta sexta-feira (12), em Osasco (SP).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o crime foi registrado como "homicídio simples".
O principal suspeito do duplo assassinato seria conhecido da família e frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, inspirada nos cultos do Santo Daime.
Segundo a polícia, o estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, já teria um registro por porte de drogas. O suposto autor do crime vive no Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital, e estaria afastado dos cultos há cerca de seis meses.
Glauco e seu filho chegaram a ser socorridos e levados ao hospital Albert Sabin, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Entenderam agora o motivo de ser radicalmente a favor da pena de morte para esses noias que sentam o dedo no gatilho por qualquer coisa que os desagrade?
Entenderam, senhores sociológos que estudam tanto a violência, mas nunca passam de ano?
Nunca apresentam uma proposta prática para começar a mudar esse estado caótico de coisas?
Ou é mais cômodo se encastelar em uma sala com ar condicionado, ficar o dia tomando café e digitando artigos para as Folhas, Estados e Vejas da vida com suas masturbações intelectualóides, achacando o trabalho policial, enaltecendo os 'direitos dos manos' e essas ONGs vinculadas ao mal?
A polícia cansa de prender lixo para a justiça assinar alvará de soltura, privilegiando alguns que ganham a vida na porta da cadeia.
Ficamos agora apenas com as lembranças desse criativo chargista, esperando que esses noias façam políticos de alto escalão as suas próximas vítimas.
Assim, quem sabe, esses legisladores se mobilizem.
É capaz de incrementarem sua segurança pessoal e trafegar apenas de helicóptero.
Não dá mais.

Inauguração de maquete

São Paulo está cada vez melhor, não está?
Prova disso é que na quarta-feira (10/03) o governador paulista desceu a serra de Santos para inaugurar uma obra?
Não! Inaugurou uma maquete de ponte estaiada que será construída ligando Santos ao Guarujá. É mais barato e fica na promessa.

Relembrando
Em 23 de novembro uma solenidade com banda de música, exibição de video e presença de crianças marcou o início das obras do metrô Parque São Lucas.
Detalhe: a licitação nem estava concluída.
Inaugurar maquete, então, é trivial para o 'cada vez melhor'.
Falta inaugurar as peças publicitárias veiculadas aos montes nas rádios, tvs e jornais. Para isso existe capacidade de sobra. E só.

Pedágio?
Indagado sobre a possível instalação de uma praça de pedágio na ponte [que um dia será construída], o secretário dos transportes Mauto Arce afirmou:
"Em maio do ano passado, quando a ideia começou a ser analisada pelo governo estadual, um pedágio estava previsto para ser construído na entrada do Porto de Santos. Assim, o dinheiro arrecadado com as tarifas bancaria mais da metade do custo total da obra. Ainda não há previsão para o início da construção, que depende de licitação."
Em 1997, quando foi implantado o programa de privatização das rodovias paulistas, havia 40 praças de pedágio. Hoje são mais de 160 postos de cobrança.
Tire suas conclusões.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bandido bom é bandido morto

Ao final da noite desta terça-feira recebi a informação da morte de um policial militar em Araraquara (SP) em tiroteio com assaltantes que invadiram uma residência no Santa Angelina, bairro de classe média da cidade de  200 mil habitantes.
Soldado Grecca, como era conhecido Carlos Roberto Grecca, tinha 39 anos, levou um tiro no abdomêm.
Foi socorrido à Santa Casa, mas não resistiu ao ferimento.
Júlio César Ramos, com passagens pela polícia por roubo, foi preso e indiciado por latrocínio, assalto seguido de morte. Está na cadeia vivendo à nossa custa.
Outro assaltante morreu baleado, mas não foi identificado. Foi tarde para o quinto.
Existe a possibilidade de uma assaltante estar foragida.
Reforço minha opinião sobre a pena de morte: a favor.
Nossas leis protegem bandidos de todo tipo.
Cadê as ONGs de direitos humanos que sobrevivem de dinheiro público e surgem agora para defender a família -não do policial morto-, mas do canalha preso?
E o que dizer dos malditos cientistas sociais que parasitam as universidades públicas em salas com ar condicionado e café?
Daqui a alguns dias darão entrevistas dizendo que o assaltante morto foi vítima da exclusão e que a 'letalidade policial' deve ser combatida?
Desconfio que nossos legisladores e esses estudiosos da violência, encastelados em seus núcleos universitários, têm um pacto demoníaco.
O que acontece agora com a família do soldado Grecca, que morreu em defesa da sociedade?
E esse governo estadual, que desde 1994 dilapida um dia após o outro a segurança pública?
Cobro respostas de vocês, turma do 'Pior Salário Do Brasil', que rechaçou uma greve da polícia civil paulista atiçando policiais militares para um confronto desnecessário (2008)!
Sinceramente: tem que emparedar e fuzilar esses ladrões que sentam dedo no gatilho por qualquer coisa!
No Paraná, em especial no interior, vários linchamentos foram executados pela população, face a crimes bárbaros e descrente do poder judiciário.
Esvaziar as cadeias é necessário, jogando todos amarrados em alto mar, com tubarões à espera. Se algum preso sobreviver, pura sorte.
O mundo condena diariamente Mahmoud Ahmadinejad (presidente do Irã), mas ele seria um excelente ministro da justiça no Brasil, com carta branca para implantar e executar o que fosse necessário para colocar as coisas em seus devidos lugares:
Bandido bom é bandido morto!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Pirataria consentida

É incompreensível como a indústria fonográfica e de softwares lança produtos a preços aviltantes ao consumidor. Ao menos no Brasil.
No caso da música, vieram a pirataria em fita cassete, vinil [quem se lembra dos discos?], cds e dvds.
Por fim, a internet surgiu pra sepultar a sanha das grandes gravadoras, assim como o trabalho artístico de muita gente que possui qualidade, mas não tem sequer um meio caminho para mostrar seu potencial.
A divulgação de bandas conhecidas pelo público ainda conta com certo respaldo das gravadoras, porém ressabiadas em investir grandes somas na divulgação [leia-se 'jabaculê', dinheiro ou presentes negociados com emissoras de tv e rádio para promover determinados artistas].
O resultado é que um cd de ponta vai para as prateleiras custando em média, R$ 30 a R$40. A consequência imediata é a disseminação do trabalho livremente pelos downloads na internet.
Nem se fala mais no comércio de cds piratas. Dificilmente da rua Santa Ifigênia se encontra algum camelô que ainda se dedica aos cds piratas. Hoje a venda é centrada em controles remotos universais e dvds de jogos, hardware [cheguei a ver pendrive de 64 gb Kingstom à venda nessas bancas que ocupam toda a calçada, mas suspeitíssimo de fraude] e software.
Não surte efeito prático as ações das autoridades e associações de defesa dos direitos autorais. Apreende-se milhares de cópias piratas, os jornais mostram a destruição do material apreendido, mas esquecem que a cadeia de produção (China) e distribuição (China, de novo) em massa conta com uma organização melhor que as gravadoras.
Os programas de computador sofrem pirataria semelhante aos cds.
Quem acha normal desembolsar quase 700 reais por uma licença do sistema operacional do programa mais usado no mundo?
Ninguém em sã consciência. No Brasil o poder aquisitivo da população coloca o dono de um computador em uma encruzilhada: pagar as contas e comer ou comprar uma licença do programa?
Quando a primeira versão deste sistema operacional foi lançada, o 'esqueleto' foi recebendo melhorias e algumas novidades através dos anos.
Nada que justifique os valores absurdos cobrados com as demais versões.
Isso alimenta a pirataria e aquece a produção de programas validadores de licença.
Em outubro do ano passado, enquanto a imprensa fazia um carnaval planetário com o lançamento de uma nova versão de um sistema operacional, no mesmo dia era possível encontrar à venda cópias piratas do programa na Santa Ifigênia por 'dez real'.
Falta, em realidade, um concorrente à altura que desbancasse a petulância e ganância de alguns 'gênios' da inormática.
Algo parecido com a patente dos medicamentos, que se abre para os genéricos depois de alguns anos.

Afinal, tudo o que o homem faz, o outro vem e desfaz.

terça-feira, 9 de março de 2010

Humorista?

Sempre relutei em acreditar que humoristas efêmeros possuem alguma capacidade através dos anos.
Assim que ingressei no Twitter a onda era o bordão "Ronaldo brilha no Corinthians", repetido inúmeras vezes por um tal de 'Zina', que ganhou notoriedade (?) no programa Pânico na tv (Redetv).
Até hoje só sabia da existência desse sujeito pelo bordão e nas passagens policiais que acumulou em seus 15 minutos de fama a que teve direito [porte de arma e de drogas].
Hoje pela manhã resolvi dar uma busca no Youtube com seu 'nome artístico' e encontrei muita baboseira, coisa sem graça mesmo.
Da mesma forma o 'Rebolation', de um nunca ouvido falar Parangolé, talvez combinação de pangaré, axé e outras bizarrices carnavalescas.
Ainda bem que essa tralha se desfaz rapidamente. Foi assim com a lambada, macarena, calipsos etc.
Agora, cá entre nós, classificar Zina como humorista é uma ofensa aos quem têm conteúdo para fazer rir de verdade. Sérgio Rabello e Juca Chaves que o digam.

Em tempo
O brasileiro é um escrachado.
Mesmo nas mãos de mandatários inescrupulosos (não todos, fique claro), ainda encontra tempo e faz do  rebolation algo pior: o 'Roubolation', alusão aos panetones Arruda.
Por isso a Alemanha vai de mal a pior. Vou mudar para Buenos Aires, capital do Brasil.

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de março

Valorizar a mulher não se restringe a um só dia e fortalecer o comércio. Mulher ganha menos que o homem no trabalho e é alvo da violência moral, física e sexual. 8 de março só será comemorado quando pusermos um fim nesta hipocrisia e mirarmos nos milhares de exemplos que nós, homens, temos ao nosso redor: nossas mães, esposas, colegas de trabalho e amigas da escola ou faculdade.

sábado, 6 de março de 2010

Renda(-se)! É um imposto ou impostor?




Acabo de enviar pela internet minha declaração de Imposto de Renda.
Como bom alemão, declarei meus iates, jatinhos, helicópteros, mansões, castelos, poços de petróleo, euros, dólares, ienes, libras esterlinas e reais (reais?) ao Fisco.

Nada como o prazer de contribuir para o progresso de meu país, sabedor dos [muito mais] devere$ que direitos a previdência social e demais serviços públicos pagos com valores justo$$$.
Isso porque vivo aqui, na Alemanha, onde vale a Lei de Gérson e pratica-se religiosamente o pagode, churrasquinho, cerveja, além da rapinagem de dinheiro público e corrupção. Política, em especial.
É o oposto do Brasil, onde tudo funciona e é motivo de vergonha familiar e prisão ser flagrado com propina.
Aqui na Deustchland sai em coluna social com manchete em letras garrafais (ou panetonianas): "Veja o estilo de vida de fulano, desfrutando sua piscina de dinheiro do povo".
Não reagimos, apenas (re)elegemos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um jogo, duas transmissões

Araraquara fica sempre com o osso para roer. Até no futebol.
Quando festejaram as obras e inauguração da Arena da Fonte, o jogo de estreia foi televisionado pela Record News.
Aqui em São Paulo, pela TVA ou NET, o sinal da RN é bloqueado, mesmo sendo uma emissora aberta e gerada a partir de Araraquara.
Fiquei sem assistir ao jogo inaugural por conta dessa arbitrariedade.
Com o início do campeonato paulista, todos da morada do sol [como Araraquara é conhecida], vibraram com a possibilidade de sediar jogos do G4: São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians [outro dia puxaram minha orelha para dizer que corintiano é com 'h'. Em tempos de colegial aprendi que Corinthians, time, se escreve com 'h'; corintiano, torcedor, sem 'h'. Para quem tiver dúvida, acesse o Uol Bibliotecas e digite as palavras no dicionário Caldas Aulete para comprovar].
Os jogos vieram, mas o filé mignon da tv ficou para o restante do estado de São Paulo. A região abrangida pela Band (Clube) e Globo (EPTV Central) teve que se contentar com outro jogo gerado pela própria EPTV (no caso, Campinas). Foi assim com o jogo do Corinthians.
Enquanto todo estado assistia ao jogo na Arena da Fonte, Araraquara se contentava com o Palmeiras no Parque Antartica com geração e apresentação da EPTV.
A Clube de Ribeirão Preto cortou o sinal da Band e deixou barras coloridas durante a partida.
Mas a transmissão da afiliada da Rede Globo deixou muito a desejar: quem se acostumou com Cléber Machado ficou com um tal de Osvaldo. Quem assiste aos grafismos na tela gerados pela Globo SP teve que se contentar com algo parecido com quebra-galho diante do padrão global da emissora carioca.
Deve ter sido assim nesta quarta (03/03) com Oeste de Itápolis e São Paulo na Arena.
Aqui em São Paulo, o filé mignon. Em Araraquara, carne de pescoço.
Isso tudo para forçar o torcedor ir ao estádio em plena quarta-feira 22h. Como se a grande maioria não precisasse acordar cedo para trabalhar no dia seguinte.
Mas a tv banca ($$$) tudo isso.
Por isso os estádios ficam mais vazios.
Defendo jogos com estádios fechados.
Por que dispender policiamento reforçado e funcionários para organizar toda essa parafernália?
Evita-se brigas, os holofotes são ligados quando as equipes chegarem, disputa-se a partida sem imprevistos e todos saem de lá, felizes da vida, pois quem paga o cachê é a tv, que manda e desmanda nos horários.
Como se explica a presença maciça das torcidas nos estádios em campeonatos europeus?
Por lá joga-se baseado em planejamento, inclusive de faturamento.
Aqui pensa-se única e exclusivamente nas cotas de patrocínio televisivo...