quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Feira-livre e eu

Gosto de andar pelas feiras-livres.
Lembram dois momentos marcantes. Em minha infância empurrava o carrinho para minha avó. Perto da adolescência, meu irmão e eu acompanhavámos papai nas compras que fazia. Sempre nas férias escolares. Sempre às sextas-feiras, na rua de casa.
Nesse dia, era como bater cartão: pastel e caldo de cana ao chegar da escola. Houve um tempo em que havia também um vendedor de espetinhos. Há quem torça o nariz (uma amiga minha sempre dispara: “Ai que nojo!”), mas fico com o “Amo muito tudo isso”.
Sempre comunicativo, papai fez amizade com Jaime, dono de uma banca de legumes. Nesse convívio semanal, não demorou muito a estarmos lá, ajudando-o vender baciadas de cenoura, pimentão, milho verde e mandioca, sem nada em troca.
Era o prazer de ajudar, mas a nítida intenção de papai era nos fazer enxergar que a vida é comunicação, expansividade. No papel de consumidor ou vendedor, não importa: voluntariado se pratica com humildade, discrição e alguns legumes.

2 comentários:

  1. Interessante é tambem,a cada matéria sua,este talento de levar-nos a todos os lugares em que já passou....jornalista,escritor,fotógrafo,
    roteirista....

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  2. Bom Alvinho aqui as feiras não são como as de São Paulo, mas elas aqui já não são tão visitadas como antes, uma pena, pois são costumes que não deveriam acabar. Pasteis de feira, nossa, são os melhores. Aqui tinhamos a maior festa da Padroeira do Carmo, Nossa Senhora do Carmo, que por implicancia de um morador, precisou a ser transferida, acababdo assim com uma tradição de muitos anos, pois para onde a festa foi transferida, ja não porta a beleza que ela tinha. Acho sim que as pessoas precisam ser mais tolerantes com determinadas tradições.
    Festa de Padroeira tem que ser ao redor da Igreja, e principalmente porque são somente 2 ou 3 dias por ano....gente rabugenta isso sim!!!!!!!!!

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