Há alguns anos li uma reportagem sobre uma tese de mestrado sobre as novelas brasileiras. Ela comprovava o gosto do povo pelas ficções televisivas.
No item qualidade técnica não há como superar a vênus platinada do Botânico carioca.
Questiono: assim como o BBB, o produto brasileiro está cada vez mais focado na liberalidade ou na promiscuidade?
Moralismos à parte, nossa fama de povo receptivo e aberto é vendida sob a embalagem carnavalesca de mulheres nuas e supostamente dispostas a qualquer galanteio sexual. É o país do 'tudo pode, nada errado nisso'.

Na trama de Manoel Carlos, a intenção seja talvez a de fomentar um debate sobre o tabu que cerca este modo de vida, assim como a novela Paraíso Tropical [de Gilberto Braga], em que a prostituta vivida por Camila Pitanga se relaciona com o personagem de Wagner Moura.
O abismo de posições sociais é o ponto de partida para uma discussão e, quem sabe, quebra de preconceitos?
O tema teria espaço em sua casa, num almoço de domingo, por exemplo?
Qual a maneira de introduzir os mais novos nessa conversa?
Outra ideia, romantizada pela cabeça de Maneco é: as(os) que sobrevivem desta forma seriam seres carentes de afeto e um amor verdadeiro? Seria uma máscara para justificar os fins ($)?


Sem contar as dublês de modelo 'descobertas' em casas noturnas que se expõem ginecologicamente em revistas masculinas de terceira, almejando um reality show por mais 15 minutos de fama e 'oportunidades' na carreira artística.
Na outra ponta e do outro lado do planeta, novelas japonesas tratam temas sensíveis sem a libertinagem e malandragens típicas de Zés Cariocas.

Refletir, quem sabe?
Para saber mais
http://www.youtube.com/watch?v=aVOfrz9NkEs&feature=related
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