sábado, 10 de abril de 2010

Chico Xavier

Noite fria de sexta-feira (09/04) em Araraquara.
Uma semana após a estreia, Rosi e eu decidimos assistir ao filme sobre Chico Xavier, que leva o mesmo nome.

Filme nacional: cáca? Em termos...
O cinema brasileiro sempre foi marcado, em minha memória, pela baixa qualidade de suas produções. De um  Mazzaropi, passando pelos Trapalhões, Xuxa, Dona Flor E Seus Dois Maridos às pornôchanchadas com Helena Ramos, Matilde Mastrangi, Nuno Leal Maia, tudo muito mambembe.
Melhorou nos últimos 15 anos? A entrada das Organizações Globo na área enriqueceu e elevou o nível dos filmes, atraindo um público que sempre torceu o nariz aos filmes tabajaras. Incluo-me no time. Há boas produções, mas muita porcaria ainda insiste invadir as telonas e ludibriar o público.
Só um marciano para achar que 'Xuxa e o mistério de Feiurinha' é um filme magnífico.
Tropa de Elite é um exemplo a ser festejado. Chico Xavier cumpre seu papel de mais novo blockbuster (estouro de bilheteria, arrasa-quarteirão).
Baseado no livro 'As vidas de Chico Xavier', de Marcel Souto Maior, o filme conta com estrelas de primeira grandeza e teve o mérito de encontrar atores com feições semelhantes às de Chico em suas várias fases retratadas.
Vale a pena.

Religiosidade
Sou suspeito para tecer qualquer comentário a respeito do filme e Chico Xavier, pois deixei o catolicismo há muitos anos, depois da primeira cirurgia (2002).
Os escabrosos casos de pedofilia, o incompreensível celibato, a temeridade a Deus, os dogmas e muitas perguntas sem respostas lógicas abriram o caminho da mudança, sempre respeitando quem ainda segue e pratica a fé católica.
Vez por outra assisto missa dominical da igreja católica, minha formação familiar [algo parecido como relembrar tempos de infância].

Seicho-No-Ie
Também assimilei muitos ensinamentos em contato com a seita Seicho-No-Ie, pois meu avô materno seguia e era preletor de uma das unidades na capital paulista.
Antes que me perguntem, não tenho parentesco com o fundador da seita, Massaharu Taniguchi, apesar do sobrenome idêntico.

Umbanda e descarrego
Em uma ocasião, quando criança, acompanhei uma sessão mediúnica mais voltada à umbanda, inclusive recebendo 'passe' com baforadas de cigarro pelo corpo.
Após o término fui perguntar à médium onde ela ficava quando incorporava um espírito. Isso aos dez anos...
Já adulto, conheci, pelos idos de 1994, o banho de descarrego [creio que seja isso] de Pai Sílvio em Araraquara (SP), utilizando pipoca, canjica, pétalas de flores e sal grosso.

Kardecismo
Já no início deste século o contato semanal com o kardecismo se intensificou aos sábados, quando o professor Ruy Gibim fazia uso de seus cinco minutos para responder questionamanentos a respeito do espiritismo nos instantes finais do jornal [que também era levado ao ar aos sábados].
Após a primeira cirurgia, uma brain storm (tempestade cerebral, o tal flash que nos dá em momentos criativos ou de inspiração) me direcionou de vez ao kardecismo, mas não nego minhas raízes católicas. Já fiz tratamento espiritual.
Respeito a religião, o credo (ou a descrença) de cada um. Convicções a respeito disso são personalíssimas e não é minha intenção doutrinar ninguém, fique bem claro.
Apenas considero-me ecumênico para falar com Deus. Quando faço, prefiro o silêncio, tal qual em 'Se Eu Quiser Falar Com Deus', de Gilberto Gil.

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