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sábado, 29 de agosto de 2009

Notas do dia...

- A tv britânica Channel 4 anunciou o fim do Big Brother com a 11a. edição, que será levada ao ar em 2010. Já não era sem tempo. Qual a diversão, o entretenimento que se consegue enxergar em um bando de desocupados confinados em uma casa por um determinado período fazendo fofocas, disputando jogos imbecis em troca de um prêmio em dinheiro,os quinze minutos de fama e capas de revistas masculinas? Só pode ser incentivo à vadiagem, pois é impossível assimilar como um programa de televisão perca um gigantesco tempo mirando as câmeras em pessoas que nada possuem para acrescentar nesta audiência que cai a cada ano que passa. Tomara que esse 'flash' aconteça no Brasil o quanto antes possivel. Mas é difícil, pois temos outros exemplos como 'No limite' e a tal 'Fazenda'. Vai mal. - Ainda no terreno pantanoso da tv brasileira, qual o valor de um programa de auditório ou seus apresentadores? O recente troca-troca de apresentadores das grandes redes nos últimos meses serviu para aguçar o espírito crítico sobre essa quizomba que se põe no ar com fórmulas prá lá de malhadas. Por que pagar três milhões de reais a um apresentador de auditório? O que de tão interessante será veiculado nas estréias prometidas para este domingo (29) que justifique investimentos vultuosos? Não se trata de crucificar quem, por talento ou dom, trabalhou arduamente para chegar onde chegou, pois não dependeu, em nenhum momento, de nenhum acordo com políticos ou se valeu da gatunagem de dinheiro público. Cada um tem seu valor, ótimo. Mas o que faz e tão expressivo e relevante, por exemplo, um jogador de futebol, piloto de Fórmula Um ou um técnico de futebol que mereça receber até um milhão de reais mensalmente? E qual o valor dos pesquisadores do Butantan que trabalham arduamente para descobrir a vacina da gripe A (H1N1) ou mesmo da descoberta de uma proteína da saliva dos carrapatos no combate ao câncer? Entendeu quais são são os valores atribuídos, como são díspares? Para quem balança o traseiro no BBB e sai em capa de revista masculina, há valor. Para a coisa séria, quase nada. Vai mal, muito mal. - Secretário estadual do trabalho de São Paulo tem a casa invadida por assaltantes nos Jardins. Sim, claro, isso vai desencadear o aumento da segurança. Na região dos Jardins, claro. Não vão faltar viaturas policiais reforçando as rondas no bairro e também nas proximidades da residência do secretário. Prender os bandidos, com certeza, é questão de honra para a Secretaria da Segurança Pública, afinal de contas é uma autoridade estadual a vítima dos criminosos. Portanto, em questão de horas, veremos uma coletiva da cúpula da SSP mostrando como foi a prisão do bando que teve a ou-sa-dia de atacar uma autoridade! Enquanto isso, fica mais e mais estampada a inércia do governo paulista no trato com a segurança pública em São Paulo. Policiais estão sem reajuste salarial há quase 16 anos. Desde 1994 o investimento pesado acontece principalmente em propaganda. Isso sim, vende sensação de segurança para a população, que não pode ter viaturas rondando 24 horas em seu bairro, pois não há dinheiro para isso. Importante é dizer que se trabalha. E só. Chegamos ao absurdo de haver confronto das corporações em frente ao Palácio dos Bandeirantes, assistido de camarote pelas autoridades que ordenaram a ação patética. E querem ganhar as eleições em 2010. Valha-me um Estado de São Paulo que só ganhou pedágios e desorganização em quase 20 anos. - Um cartaz da escola de samba Beija-Flor provocou a ira de um padre em Brasília (DF). Mas como? O motivo da grita do eclesiástico foi a figura de uma índia nua sobre a catedral, ilustrando a comemoração dos 50 anos em 2010, tema do samba-enredo da agremiação. Não há nada mais importante ou grave no país e em Brasília que mereça a atenção enraivecida por causa de um banner? Há tanta sujeira perto da catedral da capital federal que poderia ser alvo da indignação do padre ao invés de bradar pela suposta imoralidade da índia nua. Afinal, os jesuítas, como nos ensinaram no ginásio, não encontraram os indígenas vestindo grifes famosas, tampouco ofertaram aos portugueses ipods, iphones ou blu-ray em troca de espelhos e outros badulaques...