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domingo, 13 de junho de 2010

Erundina 88

Estava no segundo ano do colegial (atual ensino médio) e não havia voto facultativo para menores de 18 anos, urna eletrônica, muito menos o segundo turno.
Lembro-me que a então petista Luiza Erundina (hoje deputada federal no PSB-SP) foi a zebra das eleições municipais daquele ano em Sampa.
As pesquisas de intenção de voto apontavam como favorito Paulo Maluf (ex-PDS, hoje deputado federal pelo PP-SP), seguido de João Leiva (PMDB, falecido em 2000 aos 65 anos) e o tucano José Serra no recém-criado PSDB, uma dissidência do PMDB de Fernando Henrique e Ulisses Guimarães.
De repente a surpresa: Luiza Erundina, em quarto lugar nessas pesquisas duvidosas, deixou seus oponentes comendo poeira e foi eleita prefeita da capital paulista.
Os institutos de pesquisa não souberam (até hoje) explicar o que houve.
Os anos passam e parece que a história quer se repetir. Temos empatados Serra e Dilma (PT) em todos levantamentos feitos até agora.
Lá atrás figura Marina Silva (PV), no espelho retrovisor dos oponentes.
A única mudança é que temos voto eletrônico, facultativo e dois turnos, que nos dá trabalho em dobro.
Para mim, que justifico o voto, tanto o faz.
Vença quem vencer, que tenha vergonha na cara e leve as coisas mais a sério.
Tanto no Executivo como Legislativo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Timing e pesadelo

Uma das manchetes da Folha de SPaulo deste domingo (28/2):
Dilma cresce e já encosta em Serra
Datafolha dos dias 24 e 25 de fevereiro com 2623 pessoas em todo o país revela:
Serra(PSDB) 32%; Dilma(PT) 28%; Ciro (PSB)12%; Marina(PV) 8%;
-Já havia comentado aqui sobre a indecisão dos tucanos em apresentar seu candidato à Presidência (Serra ou Aécio).
- O timing (oportunidade, sensibilidade, sincronismo) de Serra, passou. Custará caro novamente ao PSDB. Foi assim em 2002 e em 2006 (Alckmin). É marca registrada do partido: ficar em cima do muro e tomar decisões tardias, igual ao filme Titanic, onde um dos botes salva-vidas titubeia em se aproximar dos náufragos e mais tarde muda da ideia para resgatá-los. Too late (tarde demais).
- O tucanato e os demos preferiram ficar na grita de campanha eleitoral antecipada e também tiveram que engolir um enorme 'não' do Tribunal Superior Eleitoral.
- Um dos fatores que pode ter impulsionado a subida de Dilma foi a repercussão negativa dos democratas  envolvidos no escândalo do mensalão em Brasília e a prisão do governador José Roberto Arruda. O DEM é o antigo PFL, aliado de longos tempos do PSDB.
- Em São Paulo, especificamente, as enchentes e a inércia de Serra governador e Kassab prefeito [lembre-se que Serra foi eleito prefeito da capital com Kassab vice, enquanto Alckmin estava no Palácio dos Bandeirantes em 2005] para tomar decisões imediatas diante das tragédias também podem ter contribuído com o arranhão da imagem apontada nos números.
- Enquanto democratas e tucanos esquentam a moringa, Ciro ainda guarda na manga suas cartas e negocia posições junto a Lula.
- Marina Silva (PV), discretamente, marca sua presença pelos estados e pode ser uma grande surpresa. À la Heloísa Helena (PSOL), quem sabe...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Urgente! Pesquisa USP sobre meu tumor

Da agência USP: Cientistas descobrem nova arma contra câncer no cérebro Nilbberth Silva / Agência USP Pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP dá mais um passo em direção à cura do glioma, câncer agressivo que atinge a glia — um conjunto de células que envolvem os neurônios — e que matou o senador norte-americano Ted Kennedy. Pesquisadores descobriram que o ácido gama-linolênico (AGL), uma gordura retirada de óleos vegetais , faz com que o tumor diminua de tamanho e tenha menos microvasos sanguíneos.O glioma cresce rapidamente, invade as áreas saudáveis do sistema nervoso central e pode causar convulsões, alterações na fala e paralisia de um dos lados do corpo. As cirurgias para retirá-lo ajudam pouco, porque ele se multiplica rápidamente pela parte normal do cérebro. O tumor não morre facilmente com quimioterapia ou radioterapia. Os pacientes morrem, em média, um ano depois do diagnóstico.As pesquisas foram feitas pelo dentista Juliano Miyake e pelo farmacêutico Marcel Benadiba, ambos do Laboratório de Metabolismo da Célula Tumoral, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, e orientadas pela professora Alison Colquhoun. Em seu doutorado, Miyake cultivou células tumorais e as injetou em dois grupos de ratos. Benadiba analisou as proteínas envolvidas no processo. Quando o tumor se desenvolveu no cérebro, um dos grupos de animais começou a receber AGL todos os dias, através de uma bomba instalada nas costas. Em seguida, o pesquisador comparou o tamanho dos tumores e o número de vasos sanguíneos do tumor. “Esses vasos levam nutrientes e oxigênio que alimentam as células do tumor”, explica Miyake . “As células tumorais também utilizam os vasos sanguíneos para invadirem o cérebro.”Os tumores que receberam o AGL tinham, em média, 44% menos vasos sanguíneos e eram 75% menores que os dos ratos sem a droga. “O uso de AGL”, acrescenta o pesquisador, “reduziu em 32% a quantidade de uma enzima que degrada as substâncias que estão entre as células, abrindo espaços para o crescimento do tumor. Também reduziu as quantidades de proteínas que estimulam a célula a se dividir.”Provavelmente, o tumor diminuiu porque quando o AGL entra nas células gera substâncias que as destroem, chamadas ROS, um tipo de radical-livre. As células comuns têm proteção contra essas substâncias.”Ao contrário das células comuns, as células dos tumores conseguem evitar a apoptose, um processo na qual ‘suicidam-se’ quando há algo de errado dentro delas”, explica Myake. O AGL causa a apoptose nas células tumorais talvez porque altera o funcionamento de suas mitocôndrias, um órgão da célula, que acaba liberando proteínas envolvidas com o processo.Potencial”No futuro, o AGL pode ser usado para o tratamento do câncer de cérebro”, acredita o pesquisador. Os doentes poderiam receber o AGL para que o tumor diminuísse e depois fazer a cirurgia. Após a operação, eles receberiam mais do ácido. “Esse tratamento poderia ajudar o paciente a viver mais tempo depois de descobrir que tem a doença e, talvez melhor”.Mais informações: (11) 3091-7261.