Semana retrasada a decisão de cortar em 20% do orçamento a verba para a varrição de ruas na capital paulista gerou uma demissão de garis e greve dos que ficaram, além do descontentamento da população, que pôde ver muito lixo acumulado, em especial nas ruas do centro.
Há que se fazer uma ressalva: a população não faz sua parte. Atira ao chão aquilo que considera ser lixo (papéis, bitucas de cigarro, chicletes, sacos plásticos etc), mas não pensa que o acúmulo gera mais sujeira e bueiros entupidos. E dá mais trabalho aos varredores.
Outro dia comentei sobre a enchente do Tietê, mas a argumentação é quase a mesma. Ô povo sem eira nem beira (estúpido mesmo)! O prefeito recuou no contingenciamento e retomou o ritmo normal da limpeza. Mas o povo continua a não ter educação.
Semana passada foi a merenda escolar foi a bola da vez. A decisão tomada pela prefeitura cortava uma das cinco refeições a que tinham direito as crianças da rede municipal de ensino. Ao ser questionado, o prefeito respondeu que "comer demais também faz mal".
Não se discute que todo excesso faz mal, mas daí dizer isso para justificar o corte pegou mal. É público e notório que uma boa parcela dos estudantes conta com a merenda como a principal fonte de alimentação no seio familiar. Houve recuo e as justificativas de sempre.
Hoje a Folha de S.Paulo publicou uma matéria sobre algumas irrregularidades que foram apontadas em um dos Centros Educacionais Unificados (CEU). Problemas como leite impróprio para o consumo, higienização incorreta das mamadeiras e o encontro de uma barata na dispensa do refeitório devem ser vistos sob dois aspectos: por que o leite se tornou impróprio?; como se orientou as funcionárias a proceder no manuseio das mamadeiras?; como se acondiciona os alimentos no depósito?
Atrás de respostas, o jornal foi atrás da prefeitura e da empresa terceirizada que fornece a comida, mas cabe a pergunta antes de apontar quem errou: é falta de orientação ou é o funcionário relapso que não se preocupa ou não gosta nem um pouco do que faz, permitiu chegar ao ponto que chegou?
Pouco mais de um mês do início da restrição da circulação dos ônibus fretados no centro expandido de São Paulo pouca coisa mudou, além dos protestos contra a medida.
Houve apenas houve a liberação de algumas vias consideradas primordiais para o transporte de passageiros nesse meio de transporte coletivo que ganhou visibilidade nos últimos anos, competindo com lotações, mototaxistas, ônibus e taxis.
Pena que o metrô paulistano só cresce em ano preeleitoral.
O jogo político se sobrepõe ao interesse da população pagadora de impostos.
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