Quando comentei sobre a Lei de Velpeau do dr. Carlos há dois dias, ela se aplicou em meu celular.
Ao disparar uma saraivada de sms para minha agenda de contatos avisando sobre a mudança de um telefone, sempre existe aquele que troca o número e não avisa, mas até aí nada demais.
O novo proprietário(a) de um número da minha lista me respondeu e queria saber quem era e se morava perto, pois dizia não se lembrar de mim. Morar perto?
Pedi desculpa pelo incômodo por não saber da mudança de número.
A resposta não tardou: “Incômodo algum. Quem sabe era para você me conhecer no lugar do fulano?” (13h34 – 17.10.09)
Veio seguida de outra, bem mais tarde: “Então me fala de qual cidade é esse 16 e qual sua idade.” (18h15 – 17.10.09)
Li e dei risada, já pensando em blogar a história. Ignorei.
Mas, pela Lei de Velpeau, os fatos semelhantes e incomuns ocorrem várias vezes em um curto período. A segunda começou no meio da primeira com uma mensagem assim: “Preciso falar com você!” (555 555, número fictício 14h33 – 18.10.09)
Ignorei, mas em seguida: “Te espero no Forró Dandara”. (15h42 – 18.10.09)
Ué? Forró Dandara? Nunca fui a um forró e o número, desconhecido para mim.
Outro “preciso falar com você” pintou às 18h37. Que insistência!
Às 20h55 a coisa ficou cômica: “Gato, vc vai para onde hoje, quero te ver, posso?”
Gato, eu? Puxa! Estou podendo sem saber!
E às 22h31: “Você está onde?”
Tive que responder: “Tem certeza que sou eu quem procura? Acho que foi engano. Tudo bem. Tranquilo”.
Ela deveria estar em ponto de bala, pois às 22h41 a coisa esquentou igual em um forró: “Quero você hoje, me liga”.
22h46 veio mais uma. Pelo jeito,ela começava a cair um pouco na realidade, mas suas tentativas prosseguiam: “Mas foi você que me deu o número ontem no forró”.
Nem dez minutos se passaram e ela tentava alisar o ‘cabra’: “Achei bonita sua tatuagem no braço”. Mais essa! O paquera que a dispensou dando um celular errado (o meu, por sinal!) ainda possui uma tatuagem. De que será a tatoo?
Diante da aplicação da Lei de Velpeau, respondi às 23h09: “Olha, deve haver algum engano com o número que te passaram. Nunca estive num forró em minha vida”.
Desapontada com a realidade que a atingiu como um tsunami, emendou outro sms: “Alex, você que me passou este número! Você estava no forró?” (23h19)
Até mandar a última mensagem, às 23h27, essa garota deve ter pensado com toda a raiva do mundo que os homens não prestam e são todos iguais: “Olha, me desculpa, mas fique com Deus”.
Minha boa vontade estava no fim e já pensava em desligar o aparelho. Sem querer, reforcei a dor do tombo sentido pela forrozeira do Dandara, como a apelidei. Mandei a mensagem derradeira às 23h32: “Alguém deve ter te enganado. Nunca fui em forró. Sou jornalista. Fique com Deus. Boa sorte”.
Por curiosidade jornalística, pesquisei rapidamente sobre o Forró Dandara. Deve ser no Santana, aqui em São Paulo (SP).
Alvinho, menino, como dei risada lendo teu texto, narrando encontros e desencontros ao meio de tudo um bom forró e que depois com certeza acabariam em um quarto de motel.
ResponderExcluirLei de Velpeau, fazia muito tempo que não ouvia falar nessa dita (não é apelido de Benedita) lei. Fui até o google pra tentar me lembrar na integra. Depois disso fiquei a te imaginar dançando ao som de um acordeom, um triangulo (todo bom forró, esse instrumento não pode faltar) e um bumbo.....
Foi cômico...me perdoe, mas é dificil imaginar um japones com ginga pra forró....
Olha valeu meu tão transtornado dia de hoje...
abraços
celinha