O boletim registrado na polícia descrevia a história, linha a linha, do dono de um carro parado em uma rua deserta que teve sua carteira, chaves do carro e outros objetos pessoais roubados no meio da madrugada.
Havia outra pessoa em companhia da vítima, que não teve nada levado. Uma testemunha, portanto.
Naquele momento não tinha noção da confusão em que esse homem se meteu. Simplesmente noticiei o caso entre tantos outros.
Passados alguns minutos, um telefonema para mim. Era uma mulher. Atendi.
Minha orelha só não chamuscou com o telefone pois a tecnologia (ainda) não permite.Do outro lado, uma voz indignada, aos gritos.
-“Você noticiou um assalto agora há pouco?”
Sim, ela ouviu a notícia. E eu sem saber o que viria pela frente.
Respondi afimativamente. Ela, bufando: “É o safado do meu marido?”
Peguei minhas anotações, falei o nome. Ela pediu local, detalhes. Respondi.
-“Tinha alguém com ele? Tinha alguém com ele?”, vociferou. Ela deveria estar igual à menina girando a cabeça no filme ‘O exorcista’.
Falei o nome da testemunha, uma garota de 19 anos. “Filho duma puta! Eu vou matar meu marido quando chegar em casa”, bradando como o He-Man.
Tentei convencê-la que poderia ser alguma amiga ou parente. Em Vão.
- “Esse canalha ligou de madrugada dizendo que estava sozinho quando o carro deu problema e foi assaltado. E estava com a polícia procurando os bandidos” , contou, um pouco mais calma.
Mas não tardou em reassumir a bronca: “Vou jogar todas as roupas dele no meio da rua! Aqui em casa ele não entra!”
Agradeceu e desligou.
À essa altura, não adiantaria alongar a conversa para que acalmasse. Só faltou ele aparecer no jornal, o que até hoje não ocorreu. Coisa errada nunca dá certo.
Ha ha achei o maximo este blog cheio de muita diversao e coisas legai parabens,espero que visite o meu de seu voto e COMEMTEM VALEUUUUUUUU ,abraços.
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