domingo, 28 de fevereiro de 2010

Timing e pesadelo

Uma das manchetes da Folha de SPaulo deste domingo (28/2):
Dilma cresce e já encosta em Serra
Datafolha dos dias 24 e 25 de fevereiro com 2623 pessoas em todo o país revela:
Serra(PSDB) 32%; Dilma(PT) 28%; Ciro (PSB)12%; Marina(PV) 8%;
-Já havia comentado aqui sobre a indecisão dos tucanos em apresentar seu candidato à Presidência (Serra ou Aécio).
- O timing (oportunidade, sensibilidade, sincronismo) de Serra, passou. Custará caro novamente ao PSDB. Foi assim em 2002 e em 2006 (Alckmin). É marca registrada do partido: ficar em cima do muro e tomar decisões tardias, igual ao filme Titanic, onde um dos botes salva-vidas titubeia em se aproximar dos náufragos e mais tarde muda da ideia para resgatá-los. Too late (tarde demais).
- O tucanato e os demos preferiram ficar na grita de campanha eleitoral antecipada e também tiveram que engolir um enorme 'não' do Tribunal Superior Eleitoral.
- Um dos fatores que pode ter impulsionado a subida de Dilma foi a repercussão negativa dos democratas  envolvidos no escândalo do mensalão em Brasília e a prisão do governador José Roberto Arruda. O DEM é o antigo PFL, aliado de longos tempos do PSDB.
- Em São Paulo, especificamente, as enchentes e a inércia de Serra governador e Kassab prefeito [lembre-se que Serra foi eleito prefeito da capital com Kassab vice, enquanto Alckmin estava no Palácio dos Bandeirantes em 2005] para tomar decisões imediatas diante das tragédias também podem ter contribuído com o arranhão da imagem apontada nos números.
- Enquanto democratas e tucanos esquentam a moringa, Ciro ainda guarda na manga suas cartas e negocia posições junto a Lula.
- Marina Silva (PV), discretamente, marca sua presença pelos estados e pode ser uma grande surpresa. À la Heloísa Helena (PSOL), quem sabe...

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