segunda-feira, 15 de março de 2010

GBM IV, persona non grata

Minha mãe acaba de sair para buscar os resultados da ressonância magnética com espectroscopia e perfusão, um exame detalhado, com uma espécie de lupa, para verificar como a região tumoral ficou após as sessões de quimioterapia.
Confesso que estou ansioso.
Ontem à noite ingeri o que espero ter sido os últimos comprimidos de Temodal, em seu sétimo e último ciclo.
Coceira pelo corpo deu. E mais intensa. Saí desse ciclo com uma convulsão parcial da mão esquerda na terça-feira. Acordei mais letárgico ainda.
Fora isso, hoje pela manhã, comparei o tumor maligno glioblastoma multiforme IV da minha biópsia em julho com um convidado inesperado que chega bêbado em uma cerimônia de casamento, é posto para fora da igreja, mas ressurge na festa, mais biritado, enchendo a paciência de todos, até se escorraçado de uma vez pela segurança.
É o que espero.
Em 2002, apareceu o astrocitoma anaplásico III. Demos uma radioterapia nele, mas a persona non grata apareceu de roupa trocada, no meio da festa, e foi jogado para fora em definitivo.
É o que mais anseio nesta alegoria. Ter dado um ippon nele.
Encontrei algumas imagens desse chato [GBM IV] no Google, mas é feio demais para postar aqui.
Amanhã (16/03), consulta com o neurocirurgião;
Quarta (17/03), consulta e aplicação de Avastin.

Em tempo
O que ainda enjoa é ter que esperar quase dois meses (!) por uma perícia médica no INSS.
Depois, não entendem esses servidores por que isso acontece com eles em http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1527606-5598,00-POLICIA+INVESTIGA+AMEACAS+A+PERITOS+DO+INSS+NO+PARANA.html

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