Cheguei agora há pouco de São Paulo (início da noite).
Amanhã cedo (16) viajo para Abadiânia (GO) para a revisão da cirurgia espiritual, uma espécie de 'retorno' médico, porém um pouco diferente.
Fui procurado semana passada por um carioca que, nas suas buscas na internet, chegou ao telefone do jornal. Até mim, em consequência do contato.
Perguntava-me sobre quimioterapia para sua filha de 30 anos, portadora do mesmo glioblastoma multiforme IV que o meu, porém recidivado em 2009, após cirurgia em 2007.
Contou-me que somente o Temodal não surtiu efeito e que iniciariam uma nova etapa com aplicações de Avastin e CPT 11.
Mas ele estava com dúvidas sobre o tratamento.
Expliquei sobre os períodos de descanso e a dedicação para conseguir os medicamentos -a maioria via judicial-, infelizmente.
Citei o que passei até chegar ao final do tratamento, encorajando-o inclusive a consultá-la com o oncologista que cuidou de mim.
Demonstrou especial interesse em viajar até São Paulo para nova avaliação médica.
Passei todas informações, número de telefone inclusive.
Penso da seguinte maneira: todas possibilidades a que tive acesso foram utilizadas: quimio oral (Temodal), injetável (Avastin) e radiocirurgia estereotáxica.
Fico abismado em perceber a hesitação de alguns médicos em adotar apenas o protocolo, abrindo mão de outros caminhos para debelar o GBM.
Minha mãe ouviu, dia desses -na CBN-, a entrevista de um oncologista que esteve no congresso anual de oncologia, em que foram apresentados estudos de diversos ramos de tratamento de câncer.
Coincidiu com o que ouvi hoje de meu oncologista (que também participou do evento em Chicago): a maioria dos estudos era sobre câncer de pulmão, com dados negativos em suas conclusões iniciais. Uma pena.
O que me conforta é saber que houve alguns avanços no tratamento de tumores cerebrais, como a ideia de se estudar o DNA do GBM. E quem sabe, abrir caminhos para sua cura no futuro.
Acima de tudo, minha ressonância com espectro e perfusão de 9 de junho, na comparação com abril e março, não mostra mudanças significativas.
"Apenas uma pequena massa residual de baixo risco, não captada no contraste das imagens", disse o oncologista.
Na segunda (14), o neurocirurgião analisou as imagens e não detectou alterações, permanecendo apenas os picos de colina, mas sem capilarização ou neoangiongenese (formação de novas células tumorais). Ótimo.
Ao final da consulta de hoje, comentei com o oncologista sobre minha viagem a Abadiânia nesta quarta (16).
Expliquei-lhe o motivo da viagem e ele resumiu: o que importa é atingirmos o objetivo esperado, sem nos atermos muito àquilo que nos carregou ao resultado positivo.
Para mim, foi uma conjunção de fatores: bons médicos (amam o que fazem, atualizam-se sempre), medicamentos de ponta (que a população em geral deveria ter acesso, sem recorrer à justiça e ainda ouvir uma negativa) e a sintonia com algo muito maior, que provém de nós mesmos.
Vai ser corrido. Mas vai valer a pena.
Magdalena, não tenho palavras para agradecer.
Posso retribuir com muita dedicação ao jornalismo crítico e minha orientação para quem quer que necessite dela.
Abadiânia me atrai não sei por quê.
Até a volta.
Olá,
ResponderExcluirGostaria de saber sobre Abadiânia(Go).
Obrigada
Vanessa
meu email é van_marcodip@hotmail.com
ResponderExcluirObrigada
vanessa