sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O buraco
Algumas situações podem ser consideradas hilárias em virtude do encaminhamento dado às nossas solicitações em callcenters.
Nesta terça-feira (21) a rua de casa no Cambuci amanheceu sem água.
Ao ligar 95 da Sabesp, logo de cara te dão o protocolo de atendimento com aquele enxame de números que devem ser anotados sem exceção (ou alguém confia tanto na memória a ponto de arriscar?) para, então, chegar ao atendimento viva voz, que mais parece uma máquina de repetir todas as frases prontas na tela do computador.
A atendente veio com um rosário de perguntas como "verificou o registro?", "os vizinhos também estão com o mesmo problema?", "a residência possui caixa d´água?" e outras como " verifiquei que sua conta está paga!", que não sanam o problema.
Por fim ela informou que não havia nenhum registro na região e poderia (poderia?) enviar uma equipe para verificar.
Meia hora e a campainha toca. O funcionário da Sabesp perguntou se estava faltando água na residência. Ao responder que era na rua inteira, ele questionou: "Ué, mas não ligaram que está faltando água aqui?"
Também estava faltando em casa, mas fui o primeiro a comunicar no 195. O que ele entendeu? Pasmém!
"Passei para verificar e dar baixa, pois tenho outra casa próxima com a mesma reclamação. A Sabesp tem até 32 horas para encontrar e solucionar o problema (que agilidade!)", e foi embora.
Confesso que não entendi.
Saí para um compromisso e vi muita água limpa minando do asfalto em um cruzamento perto de casa.
Teria descoberto a origem do problema?
Voltei e liguei 195 para avisar. Desta vez, a atendente avisou que a companhia tinha 24 horas (mais agilidade, impossível!) para resolver o problema, mas que em até 90 minutos uma equipe se deslocaria ao local indicado.
Porém ela solicitou que eu fosse ao cruzamento checar se haviam chegado e estavam trabalhando, caso contrário, deveria ligar 195 e comunicar a ausência.
Hããã???
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