A novela do diploma de jornalista continua.
Do site Comunique-se em 04/02/10:
Em Sorocaba, só diplomados conseguem registro profissional
Da Redação
A Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Sorocaba, interior de São Paulo, dá entrada apenas em pedidos de registro profissional para jornalistas com diploma de graduação na área. De acordo com a Regional, a medida vem sendo adotada desde junho de 2009, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.
Segundo a Regional de Sorocaba, a ordem partiu do Ministério do Trabalho e o órgão está proibido de receber qualquer protocolo que não tenha o diploma.
O Ministério nega que exista essa orientação, já que no início deste ano acatou a decisão do STF e começou a emitir registro para jornalistas com ou sem graduação específica. De acordo com o órgão federal, os jornalistas com diploma devem receber o registro como “Jornalista profissional”, e os não diplomados recebem o título de “Jornalista/decisão STF”.
Não é defesa de reserva de mercado, mas o papel desempenhado por um jornalista interfere de forma profunda na vida das pessoas. Adiando ou antecipando decisões, enaltecendo ou destruindo vidas.
Da mesma maneira que engenheiros, médicos, advogados possuem o mínimo de formação acadêmica para atuar no mercado de trabalho, o jornalista também é obrigado a possuir bagagem, mesmo que futuramente seja excluído do meio por incompetência, oportunismo rasteiro (o 'bate-carteira') ou safadeza.
Só a faculdade não constrói um jornalista. Ele se faz com muita leitura, pesquisa e trabalho de campo.
A sociedade, com o tempo, reconhece quem é sério e os que se aventuram por interesses escusos.
Além do registro diplomado pelo Ministério do Trabalho, a existência de um órgão paraestatal como o conselho de jornalismo disciplinaria um pouco essa 'casa da mãe joana' que virou a profissão. Quem sabe até uma prova nos moldes da OAB poderia ser aplicada aos jornalistas.
Não se trata de censura, como alardeiam alguns obtusos, mas uma saída para evitar que qualquer pessoa ponha na cachola que é jornalista e simplesmente saia por aí causando estragos. A praça está forrada de 'profissionais' desse naipe e não quero que a profissão seja ainda mais depreciada como foi feito ao longo dos tempos. Que se dirá agora, sem necessidade de diploma?
Baderna, com B de Big Brother, com B de Brasil, il, il.
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