quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Notas do dia

- Ontem postei um comentário sobre a 'bala perdida' no episódio na favela de Heliópolis, em que uma adolescente de 17 anos foi morta com um tiro durante tiroteio entre guardas civis de São Caetano do Sul e assaltantes. Hoje o articulista Clóvis Rossi veio ao encontro daquilo que escrevi. Bala nunca se perde. As declarações do governador José Serra (PSDB-SP) sobre os confrontos registrados nos supostos protestos da morte da jovem também foram notícia hoje nos jornais. Já havia dito aqui que não são moradores do local que incitaram os atos violentos e sim a meia dúzia de bandidos e traficantes que se enfurnaram em Heliópolis visando conquistar espaço. Bandido não é pobre. É bandido. Reafirmo e não abro mão. Os intelectualóides metidos a cientistas sociais que se danem. - Engraçado como as nomenclaturas mudam na grande imprensa. Ontem uma reportagem de telejornal falava em comunidade de Heliópolis. Outros veículos a chamavam de favela. Por que mascarar a dura realidade? Como diria o Macaco Simão, tucanaram a favela! É comunidade ou favela? - Ainda sobre a (in)segurança pública paulista, uma grande novidade foi divulgada com toda a pompa que o governo estadual adora: a criação do Programa de Prevenção de Roubos a Condomínios. Parece enredo do filme 'Robocop'. Tudo muito bonito, mas que no dia a dia se mostra muito mais holofote e materiazinha de jornal. Condomínios com reforço policial. E a população que não tem oportunidade de viver em um ambiente cercado de muros, câmeras, cercas elétricas e seguranças? Esse não precisa. Se vira. Aliás, mostrará sim o reforço de viaturas policiais e investigações aceleradas no caso dos assaltos às residências dos dois secretários estaduais e ao deputado nos últimos dias (quem foram os desalmados que ousaram assaltar autoridades?). O contribuinte que vive com medo não pode contar com nenhuma reação do Palácio dos Bandeirantes, mesmo com um aumento de 79% no índice de latrocínios e 19% no de roubos. Vai mal, muito mal! - Agora é para valer: motos também vão pagar pedágio.O argumento é que motociclistas custam muito mais caro aos cofres públicos em caso de acidente nas rodovias. Só falta os passageiros de ônibus e de veículos de passeio também terem que arcar com pedágios individuais a cada acelerada nas caríssimas rodovias que cortam São Paulo. Presentaço de pai para filho. Também quero uma rodovia para pedagiar. Novos lotes de rodovias estão para serem concessionados (como gostam alguns), incluindo a Tamoios e Rio-Santo, como noticiou semana passada a Folha. - Fila gigantesca de torcedores argentinos em frente ao estádio Rosário para comprar ingressos do jogo com o Brasil pelas eliminatórias da Copa. Igualmente ao Brasil, essa gente desocupada não precisa trabalhar, não? O jogo acaba e quem fatura com o circo são apenas alguns. Nesse quesito, los hermanos e nós temos muito em comum... - Para encerrar: senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) é admitido na Academia Alagoana de Letras (AAL), sem nunca ter publicado um livro sequer. Não tinha piada pior, não?

Um comentário:

  1. Quanto ao fatídico episodio da jovem assassinada, só tenho a lamentar, pois o Brasil do jeito que está não pode ficar. Precisamos acordar e pensar seriamente em não votar nas proximas eleições, pois o que acontecerá? não sabemos ao certo, mas com certeza esses que estão no poder, mamando na teta do governo por tantos anos lá não poderão ficar mais, então que tal dar um susto e afastá-los de vez? Uma boa ideia não é? Acredito que só o povo com o voto pode mudar isso, sei que pode parecer impossível, mas quem garante? Será que não é só nos juntarmos? Será que não estamos tão acostumados a ser roubados que pensamos que não ha mais solução?
    Acho que está na hora de começarmos a mudar isso.
    Quanto ao Collor, não só a ele, ao senado e aos politicos todos: pra que todo esse povo lá? A gente podia começar a fazer algo não acha?
    um grande beijo e continuo a dizer: você está fazendo falta.....
    abraços

    celinha

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